O REI QUE VIRÁ

PRÓLOGO "Não, não!... Não! Nunca! vocês nunca me vencerão!... Odeio vocês, vocês dois! Odeio! ODEIO!" Era sempre assim, todas as noites, há muitas noites. O sono perturbado por um pesadelo misterioso. O rei acordava agitado, com a voz alterada e a respiração ofegante. Os guardas que faziam a segurança na porta dos aposentos reais já haviam se acostumado. Nos primeiros dias, chegaram a arrombar a porta assim que os gritos iniciaram, só para ver o rei sentado à beira da cama, o olhar absorto e muito suor. Ele afirmou que estava tudo bem, mas não permitiu aos guardas comentarem com quem quer que fosse sobre o seu sono intranquilo. Lucius, chefe da guarda, garantiu à sua majestade que assim seria. E desde muitas noites, era assim. De qualquer forma, Lucius quebrou sua promessa, por uma boa causa: o conselheiro Alfredo foi informado sobre essa situação. O conselheiro ou...