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LITERATURA - OBRAS EM DOMÍNIO PÚBLICO

  A CARTA,  de Pero Vaz de Caminha OBRAS POÉTICAS , de Cláudio Manuel da Costa MARÍLIA DE DIRCEU , de Tomás Antônio Gonzaga O URAGUAI , de Basílio da Gama CARAMURU , de Santa Rita Durão A MORENINHA , de Joaquim Manuel de Macedo SENHORA  - LUCÍOLA  - DIVA , de José de Alencar O GUARANI -  IRACEMA  - UBIRAJARA , de José de Alencar MEMÓRIAS DE UMA SARGENTO DE MILÍCIAS , Manuel Antônio de Almeida MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS -  QUINCAS BORBA  - DOM CASMURRO       ESAÚ E JACÓ - MEMORIAL DE AIRES , de Machado de Assis VIA LÁCTEA , de Olavo Bilac MISSAL  e BROQUÉIS , de Cruz e Sousa TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA , de Lima Barreto MACUNAÍMA

SONETOS "CÍRCULO VICIOSO" E "À CAROLINA" - MACHADO DE ASSIS

  CÍRCULO VICIOSO Bailando no ar, gemia inquieto vaga-lume: — “Quem me dera que fosse aquela loura estrela, Que arde no eterno azul, como uma eterna vela!” Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme: — “Pudesse eu copiar o transparente lume, Que, da grega coluna à gótica janela, Contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela!” Mas a lua, fitando o sol, com azedume: — “Mísera! tivesse eu aquela enorme, aquela Claridade imortal, que toda a luz resume!” Mas o sol, inclinando a rútila capela: — “Pesa-me esta brilhante auréola de nume… Enfara-me esta azul e desmedida umbela… Por que não nasci eu um simples vaga-lume?” À CAROLINA Querida, ao pé do leito derradeiro Em que descansas dessa longa vida, Aqui venho e virei, pobre querida, Trazer-te o coração do companheiro. Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro Que, a despeito de toda a humana lida, Fez a nossa existência apetecida E num recanto pôs um mundo inteiro. Trago-te flores, - restos arrancados Da terra que nos viu passar unidos E ora mortos n...

POEMA "O SENTIMENTO DUM OCIDENTAL" - CESÁRIO VERDE

  O SENTIMENTO DUM OCIDENTAL                                                   A Guerra Junqueiro I - AVE-MARIA        Nas nossas ruas, ao anoitecer, Há tal soturnidade, há tal melancolia, Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.        O céu parece baixo e de neblina, O gás extravasado enjoa-me, perturba; E os edifícios, com as chaminés, e a turba Toldam-se duma cor monótona e londrina.        Batem os carros de aluguer, ao fundo, Levando à via-férrea os que se vão. Felizes! Ocorrem-me em revista exposições, países: Madri, Paris, Berlim, S. Petersburgo, o mundo!        Semelham-se a gaiolas, com viveiros, As edificações somente emadeiradas: Como morcegos, ao cair das badaladas, Saltam de viga em...

POEMA "A UM POETA" - ANTERO DE QUENTAL

  Tu que dormes, espírito sereno, Posto à sombra dos cedros seculares, Como um levita à sombra dos altares, Longe da luta e do fragor terreno. Acorda! É tempo! O sol, já alto e pleno Afugentou as larvas tumulares... Para surgir do seio desses mares Um mundo novo espera só um aceno... Escuta! É a grande voz das multidões! São teus irmãos, que se erguem! São canções... Mas de guerra... e são vozes de rebate! Ergue-te, pois, soldado do Futuro, E dos raios de luz do sonho puro, Sonhador, faze espada de combate!

Análise do livro "A metamorfose", de Franz Kafka

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  "A Metamorfose" de Franz Kafka é uma novela publicada em 1915 que conta a história de Gregor Samsa, um caixeiro-viajante que, ao acordar, descobre que se transformou em um inseto gigante. A obra é considerada uma das mais importantes da literatura mundial e um marco do modernismo. Entenda a história Gregor Samsa acorda e percebe que se transformou em um inseto gigante. A princípio, ele tenta lidar com a situação, preocupado em como irá para o trabalho e sustentar sua família. No entanto, sua família, composta por seus pais e sua irmã Grete, reage com horror e repulsa à sua transformação. Com o tempo, Gregor é isolado em seu quarto, onde passa a maior parte do tempo escondido e negligenciado. A única pessoa que ainda demonstra algum cuidado por ele é Grete, que inicialmente se esforça para alimentá-lo e limpar seu quarto. No entanto, à medida que o tempo passa, até mesmo Grete começa a se afastar de Gregor, vendo-o como um fardo e um incômodo. A situação de Gregor se deterio...

Análise do livro "Ego transformado", de Tim Keller

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  Introdução "Ego Transformado" , escrito por Timothy Keller, é uma obra breve, mas profundamente reflexiva, que aborda a transformação do ego à luz do evangelho. Publicado originalmente em 2014, o livro se baseia em 1 Coríntios 3:21–4:7 para explorar como a humildade evangélica pode libertar o indivíduo da autocondenação e da necessidade constante de aprovação. Keller, conhecido por sua capacidade de conectar teologia clássica com questões contemporâneas, oferece uma visão perspicaz sobre como o evangelho pode transformar a maneira como nos vemos e nos relacionamos com os outros. Conteúdo e Estrutura O livro é dividido em três capítulos principais, nos quais Keller desenvolve sua argumentação: A Condição Natural do Ego : Keller descreve o ego como vazio, dolorido, atarefado e frágil. Ele argumenta que o ego humano está constantemente buscando validação, seja através de comparações com os outros ou da busca por realizações pessoais. Essa insatisfação perpétua é ilustrada com ...

Análise do livro "Celebração da disciplina", de Richard J. Foster

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  Introdução "Celebração da Disciplina: O Caminho do Crescimento Espiritual" , escrito por Richard J. Foster, é um clássico da literatura cristã que aborda a importância das disciplinas espirituais para o crescimento na fé. Publicado originalmente em 1978, o livro se tornou uma referência para milhões de leitores, sendo considerado um dos dez livros cristãos mais importantes do século XX pela revista  Christianity Today . Estrutura e Conteúdo Foster divide as disciplinas espirituais em três categorias: Disciplinas Interiores : Incluem práticas como meditação, oração, jejum e estudo, que visam a transformação interna e a conexão íntima com Deus. Disciplinas Exteriores : Abrangem simplicidade, solitude, submissão e serviço, refletindo as prioridades do Reino de Deus na vida cotidiana. Disciplinas Comunitárias : Envolvem confissão, adoração, orientação e celebração, destacando a importância da comunhão entre os cristãos.   O autor enfatiza que essas práticas não são um ...

Análise do livro "O cânon das Escrituras", de F. F. Bruce

 Análise de  O Cânon das Escrituras, de F.F. Bruce Título Original: The Canon of Scripture   Autor: F.F. Bruce (1910–1990)   Publicação: 1988   Área: Teologia, Estudos Bíblicos   F.F. Bruce foi um dos mais renomados estudiosos do Novo Testamento do século XX, conhecido por sua erudição acessível e compromisso com a fé cristã. Em *O Cânon das Escrituras*, Bruce aborda um dos temas mais fundamentais para a teologia cristã: a formação e o reconhecimento do cânon bíblico, ou seja, a coleção de livros considerados inspirados e autoritativos para a fé e a prática cristãs. Estrutura do Livro O livro está dividido em três partes principais, cada uma explorando aspectos diferentes do desenvolvimento do cânon: 1. O Cânon do Antigo Testamento      - Bruce começa examinando a formação do cânon judaico, que mais tarde se tornou o Antigo Testamento cristão.      - Ele discute a divisão tripartida da Bíblia hebra...

O REI QUE VIRÁ

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  PRÓLOGO        "Não, não!... Não! Nunca! vocês nunca me vencerão!... Odeio vocês, vocês dois! Odeio! ODEIO!"      Era sempre assim, todas as noites, há muitas noites.      O sono perturbado por um pesadelo misterioso. O rei acordava agitado, com a voz alterada e a respiração ofegante. Os guardas que faziam a segurança na porta dos aposentos reais já haviam se acostumado. Nos primeiros dias, chegaram a arrombar a porta assim que os gritos iniciaram, só para ver o rei sentado à beira da cama, o olhar absorto e muito suor. Ele afirmou que estava tudo bem, mas não permitiu aos guardas comentarem com quem quer que fosse sobre o seu sono intranquilo. Lucius, chefe da guarda, garantiu à sua majestade que assim seria. E desde muitas noites, era assim.      De qualquer forma, Lucius quebrou sua promessa, por uma boa causa: o conselheiro Alfredo foi informado sobre essa situação. O conselheiro ou...